NOTÍCIAS

TV omite que ele reagiu após batismo católico

O episódio esteve a um triz de terminar em tragédia, mas, para muitos, terminou em milagre

Gerou grande comoção em todo o Brasil, na semana passada, o impactante caso do menino Heitor Nagel, de Joinville, SC – um episódio que esteve a um triz de terminar em tragédia, mas que, para muitos, terminou em milagre.

O menino, de 4 anos, caiu na piscina de casa durante um breve descuido da família. As imagens da câmera de segurança instalada na área externa da residência registram que transcorreram intermináveis – e normalmente fatais – 11 minutos até que o pai, Jean Paulo, viu o garoto submerso e pulou desesperado na água para socorrê-lo. Jean contou a uma equipe de reportagem da TV Record que, após tirar o filho da piscina, começou imediatamente a fazer os primeiros socorros, “mas ele não tinha pulso, a pupila estava dilatada, todo roxo”.

De fato, foi a partir dessa reportagem, veiculada no final de setembro, que o caso viralizou nas redes sociais, muito embora tenha acontecido ainda em 6 de agosto. A matéria, porém, deixou de relatar aspectos relevantes do episódio que, agora, muitos resumem como um milagre.

O que não foi claramente mostrado?

O portal Gaudium Press, em artigo assinado por Afonso Pessoa, destaca que a televisão omitiu “a ação do invisível, do imponderável” e “toda a conexão angelical havida, desde o ajoelhar do irmão até o desfecho dessa comovente história, mostrando que Deus trabalha numa frequência muito diferente daquela que conhecemos”.

A súplica de intercessão do irmão

De fato, o irmão mais velho do menino, Oscar, permaneceu de joelhos na beira da piscina, suplicando a Deus pela vida de Heitor. O seu depoimento sobre o que o movia naquele recurso absoluto a Deus é arrepiante:

“Eu só pedia ajuda; que não deixasse ele ir sem eu dizer que o amava”.

O que Oscar estava pedindo era, fundamentalmente, um milagre. Não era para menos: Heitor passou pelo menos 30 minutos em parada cardiorrespiratória: os 11 minutos em que esteve submerso e os 23 que transcorreram entre o seu resgate pelo pai e a chegada dos bombeiros à residência. A essa altura, o pequeno não só não mostrava reflexos, como ainda apresentava sinais de morte cerebral. A situação era tão grave que Heitor teve de ser intubado ainda em casa e levado de helicóptero para o hospital, onde os médicos avisaram que, se não houvesse sinais de atividade do cérebro em até 72 horas, seria declarada a sua morte encefálica. A família também foi informada de que a probabilidade de Heitor sobreviver era ínfima – e, se acontecesse, ele provavelmente teria sequelas irreversíveis.

O sacramento do batismo

Quanto ao desfecho da história, a matéria do Gaudium Press fornece dados ainda mais impressionantes, enfatizando que essas informações foram omitidas pela grande mídia ao repercutir a história viral de Heitor.

Diante da gravidade da situação, uma tia de Heitor entrou em contato com os Arautos do Evangelho para pedir suas orações e lhes contou que o menino ainda não era batizado, mas que a mãe manifestara o desejo de que o filho recebesse o sacramento. Um sacerdote da congregação foi até ao hospital na manhã de 9 de agosto – o mesmo dia em que, à tarde, se completariam as 72 horas para que a morte cerebral fosse declarada se Heitor continuasse sem respostas neurológicas. Enquanto a família, os amigos e os próprios Arautos rezavam pela vida e pela completa recuperação do menino, ele recebeu o sacramento do batismo na presença da mãe, Suzana Nagel, e da Irmã Elizabeth, diretora do hospital.

Uma recuperação extraordinária

Algo surpreendente, e que a reportagem da TV Record omitiu, é que os sinais vitais e a resposta neurológica de Heitor, contra toda plausibilidade, se normalizaram poucas horas depois que ele foi batizado. Completamente lúcido, ele perguntou o que tinha ocorrido, chegou a reclamar por estar usando fraldas, se levantou e foi ao banheiro caminhando, “como se nada tivesse acontecido”. Depois, ainda relatou que estava se lembrando do que tinha acontecido no momento em que caiu na água.

Novos exames mostraram que não havia ficado nenhuma sequela em Heitor, o que a matéria da Gaudium Press descreve como “um milagre visível e notório”, iniciado de modo decisivo pela força do amor contida na súplica de Oscar pela vida do irmão e completado com “a infusão da graça no sacramento do batismo”.

Ainda que a Igreja nunca venha a declarar formalmente que o episódio foi milagroso, e que se atribua inteiramente aos avanços da medicina a recuperação surpreendente de Heitor, não deixa de ser bastante chamativa a veiculação seletiva que se fez na grande mídia dos elementos que compuseram essa história extraordinária.



ALETEIA

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo