NOTÍCIAS

P. Cabecinhas – Francisco leva a Fátima as intenções de oração

O Papa Francisco quer ir à Capelinha das Aparições para rezar e refazer a experiência do encontro com a Mãe e lhe apresentar as grandes intenções de oração e rezar pela paz.

Vatican News

Amanhã, sábado 5 de agosto, o Papa Francisco deslocar-se-á, de helicóptero, às 7.30 da manhã ao Santuário de Fátima para rezar pela paz no mundo.

Na perspetiva desta visita a jornalista portuguesa, Carmo Rodeia, Diretora do Gabinete de comunicação do Santuário, entrevistou o Reitor do Santuário, Padre Carlos Cabecinhas, sobre as expectativas desta visita:

Pergunta – O que é que o Santuário espera desta visita do Santo Padre?

Resposta – Eu começaria por sublinhar a ligação entre o Santo Padre e Fátima, porque, por um lado, o Papa Francisco é um homem profundamente mariano e, por outro lado, porque vejo que desde o início do seu pontificado houve uma ligação muito grande entre o Papa Francisco e Fátima. Desde o início, quando ele pediu ao então Cardeal Patriarca de Lisboa, que aqui em Fátima se consagrasse o seu pontificado, o que foi feito, até aos diversos momentos em que por vontade do Papa, houve união entre o Santuário e o Sumo Pontífice, e estou a pensar em 2013 a ida da imagem da capelinha para Jornada Mariana do Ano da Fé, mas estou a pensar também noutros momentos de oração em que o Santuário de Fátima se associou a iniciativa do Papa, nomeadamente a última  consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria em que o Papa realizou esse ato em Roma e enviou ao Santuário de Fátima o seu legado ao Cardeal Konrad Krajewski para fazer aqui no Santuário de Fátima essa consagração. É um regresso do Papa a este lugar, um lugar que o marcou profundamente, um lugar que o marcou antes de mais pelo ambiente de oração e pelo contacto com o povo de Deus. O povo crente aqui reunido em multidões em Fátima, mas um povo que é capaz de fazer silencio para rezar. Foi talvez dos momentos mais fortes da peregrinação no contexto do centenário, depois da canonização dos Santos Franciscos e Jacinta, foi essa a chegada do Papa à capelinha e do profundo silêncio que reinou no meio de uma multidão de milhares de peregrinos que o acolhiam. E  é essa experiência que o Papa, de alguma forma, quer repetir ou refazer agora na capelinha das aparições ao vir; quer vir  ao Santuário de Fátima para rezar; quer vir à capelinha das aparições para refazer essa experiencia do encontro com essa Mãe, ele que proclamou com veemência, “temos Mãe neste lugar”, ele vem ao encontro dessa Mãe para  lhe apresentar as grandes intenções deste mundo, as grandes intenções deste momento e as grandes intenções que ele traz no coração.

Pergunta – E uma das grandes intenções será certamente a oração pela paz, como ele tem pedido, reiteradamente, ainda não o fez nos seus discursos oficiais, digamos assim, nas várias aparições que tem dirigido; fê-lo de uma forma transversal, mas é possível e é expectável que a questão da guerra em concreto da conversão da Rússia, possa vir a ser novamente aflorada aqui em Fátima uma vez que há uma ligação entre a mensagem e este momento que o mundo atravessa?

Resposta – É minha convicção é que essa será certamente uma das intenções da oração, o rezar pela paz e concretamente pela paz entre aqueles dois países, pela paz na Ucrânia que é um dos dramas que acompanha neste momento a vida do mundo. Obviamente que, a paz é uma intenção particularmente presente em Fátima e, por isso, me parece que o Papa não a esquecerá. Por outro lado, desde o inico desta JMJ, o Papa não tendo promovido momentos de oração pela paz, não tem deixado de pontualizar nas diversas intervenções esta preocupação e, por isso, a minha convicção de que esta preocupação aqui em Fátima se transformará em intenção de oração.

Pergunta – É uma intenção dirigida também, apesar de ser a partir de Fátima, aos mais jovens – porque o Papa tem dirigido as suas mensagens sobretudo aos mais jovens – com que, incentivando-os a seguir o legado dos seus três grandes documentos?

Resposta – Sem dúvida, eu acho que a esse nível, o que o Papa vai fazendo é entregar nas mãos dos jovens aquilo que são as grandes linhas do seu pontificado, é confiando aos jovens que são o futuro da Igreja, mas também o presente, e eu recordo que essa foi a expressão do Papa em 2019: “que os jovens já são o presente da Igreja” e portanto, o Papa entrega aqueles que são o presente e o futuro da Igreja, aquelas que são as grandes linhas do seu pontificado.

VATICANO NEWS

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo